domingo, 8 de janeiro de 2017

Espírito Santo mais perto do recorde de nulos do FC Porto


Após o sétimo nulo concedido esta época em todas as competições, o FC Porto de Nuno Espírito Santo ficou mais perto do recorde portista de igualdades a zero que se registou em 1988-89. Nessa longínqua temporada, os dragões treinados por Quinito e depois por Artur Jorge, empataram a zero em dez ocasiões, com um plantel que tinha avançados como Rui Águas ("roubado" ao Benfica nesse Verão), Fernando Gomes e um ainda jovem Domingos Paciência. 
A segunda temporada com maior número de "0-0" no marcador em jogos dos dragões, foi em 1993-94: nove. A evidente falta de pontaria dos jogadores portistas nesta época aproximou o clube azul e branco destes registos "cinzentos". Recordemos então todos os nulos até ao momento:

1º - Tondela, fora (Campeonato)
2º - V. Setúbal, fora (Campeonato)
3º - D. Chaves, fora, após prolongamento (Taça de Portugal)
4º - FK Copenhaga, fora (Liga dos Campeões)
5º - Belenenses, fora (Campeonato)
6º - Belenenses, casa (Taça da Liga)
7º - P. Ferreira, fora (Campeonato)








terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O que se conclui sobre o Derby ?



Apesar da vitória, o Benfica voltou a mostrar dificuldades já sentidas durante esta época. Contra equipas tacticamente organizadas os encarnados têm muitas dificuldades em impor o seu jogo habitual e as suas debilidades defensivas são expostas de forma evidente. Basta recordar os jogos com Nápoles, FC Porto ou mesmo com o Sp. Braga. A equipa de Rui Vitória voltou a não sentir-se confortável a gerir uma vantagem tal como se tinha visto no jogo de Istambul, com a diferença de nesta ocasião a sorte ter sorrido às águias.
Mais uma derrota e mais uma vitória moral para o Sporting. Apesar do domínio exercido na segunda parte do encontro, os leões foram muito perdulários na finalização e não evitaram novo desaire. Tal como no final do jogo de Varsóvia, Jorge Jesus voltou a frisar que a sua equipa foi melhor que o adversário.
Ederson foi o melhor em campo com uma exibição de gala. Relembrou assim a importância que teve na conquista do “Tri” na época transacta, quando garantiu vitórias preciosas ao Benfica. Rafa justificou em pleno a titularidade mostrando todo o seu talento que apenas devia de ser melhor aproveitado em termos de finalização. Campbel mostrou porque é um dos grandes “agitadores” do ataque leonino.


O que é certo é que Rui Vitória tem óbvias razões para sorrir porque em termos práticos, volta a ter a vantagem de 5 pontos sobre o rival de Alvalade, além de manter a quatro pontos um FC Porto em excelente momento de forma. Vitória tem todo o mérito na forma como tem gerido um plantel demasiado fustigado por lesões e na forma como tem mantido um discurso coerente. Quanto a Jorge Jesus tem contas mais complicadas para fazer. Estamos a chegar ao final do ano e os verde-e-brancos já estão fora das competições europeias e voltam a estar a cinco pontos do tão ansiado primeiro lugar. E a solução nem sempre está na permanente justificação dos insucessos da sua equipa com a arbitragem ou a falta de pontaria…




domingo, 4 de dezembro de 2016

Balão de oxigénio no Dragão


Os festejos eufóricos após o golo do jovem Rui Pedro ao Sp. Braga, espelham bem o estado de alma em que se encontrava a nação portista, ávida de golos (520 minutos depois) e resultados (cinco empates seguidos). Nuno Espírito Santo, sabia bem da importância daquele golo, ainda para mais após a derrota do principal rival e líder, Benfica. O FC Porto acabou por materializar apenas num golo a sua superioridade, depois de várias oportunidades de golo frente um Braga encolhido, mas também fragilizado pela expulsão desde os 35 minutos. Um dos grandes problema do FC Porto esta época tem sido de facto a concretização: veja-se por exemplo os empates de Setúbal, em casa frente ao Benfica ou mesmo em Copenhaga. Apesar da segurança defensiva exibida, permitindo aos adversários poucas ou quase nenhumas ocasiões de golo na maioria dos jogos, os dragões raramente tiveram poder de fogo na frente. Esse desacerto por vezes gritante, aliado a uma certa falta de criatividade no meio-campo (destaque para o sub-rendimento do regressado Oliver Torres), originou um défice de resultados que levou a equipa portista a ser eliminada precocemente da Taça de Portugal, a estar em 3º lugar no campeonato (agora a apenas 4 pontos do 1º lugar) e à entrada da ultima jornada da "Champions" não ter conseguido ainda a qualificação para a fase seguinte, num grupo mais do que acessível. Num clube com os pergaminhos do FC Porto o balanço está longe de ser positivo, sobretudo face ao investimento brutal que foi feito na equipa de futebol nas últimas 3 épocas, o qual teima em não ter o retorno desportivo desejado pela SAD e pelos exigentes adeptos portistas. A vitória de ontem poderá servir de tónico para um hipotético "volte-face" nesta época ? As próximas semanas o dirão...



segunda-feira, 30 de maio de 2016

Europeu de 2000: Portugal vs Inglaterra




Fase de Grupos (Grupo A) - 12/06/2000

Portugal

Vítor Baía
Abel Xavier
Fernando Couto
Dimas
Paulo Bento
Vidigal
Rui Costa (Beto, 85')
Luís Figo
João V. Pinto (Sérgio Conceição, 75')
Nuno Gomes (Capucho, 89')

Seleccionador - Humberto Coelho


Inglaterra

David Seaman
Gary Neville
Tony Adams (Martin Keown, 82')
Sol Campbel
Phil Neville
Paul Ince
Paul Scholes
David Beckham
Steve McManaman (Dennis Wise, 58')
Alan Shearer
Michael Owen (Emile Heskey, 46')

Seleccionador - Kevin Keegan


Golos: Scholes 0-1 (3'); McManaman 0-2 (18'); Luís Figo 1-2 (22'), João V. Pinto 2-2 (37'); Nuno Gomes 3-2 (59')




sábado, 28 de maio de 2016

Portugal no Europeu de 2000


Uma das mais brilhantes gerações do futebol português, chegava ao Europeu na Holanda e na Bélgica na sua maioridade e no pleno das suas capacidades. No entanto, como de costume, a "Selecção das Quinas" não conseguiu evitar chegar ao último jogo da qualificação a ter que fazer contas: para se qualificar directamente para o Europeu, os portugueses tinham de ganhar por três golos de diferença aos húngaros no Estádio da Luz. Pois foi isso que aconteceu, Portugal 3-0 Hungria, nem mais, nem menos. Um feito heróico, já que a equipa de Humberto Coelho esteve em desvantagem numérica durante largos minutos do encontro.
A Selecção Nacional ficou inserida no "Grupo da Morte" com ingleses, alemães e romenos. Alguma desconfiança pairava sobre a "Geração de Ouro" apesar de todo o seu talento e experiência. No primeiro jogo contra a Inglaterra, tudo parecia correr mal para a "Selecção de Todos Nós", quando aos 20 minutos os ingleses já estavam a vencer por 2-0. Mas uma exibição de gala de Rui Costa (3 assistências) e os golaços de Luís Figo, João V. Pinto e Nuno Gomes, levaram os portugueses ao colo, originando a mais extraordinária reviravolta lusa em jogos de fases finais, desde os 5-3 à Coreia do Norte no Mundial de 1966. A vitória final por 3-2 dava o mote para aquele que seria um grande torneio. Portugal acabou mesmo por ficar no 1º lugar do grupo, após vencer no último minuto a Roménia (golo de Costinha que tinha entrando poucos minutos antes), e golear uma Alemanha moribunda ("hat-trick" de Sérgio Conceição). 
Nos Quartos-de-Final, dois golos de Nunos Gomes contra a Turquia davam o passaporte para as meias-finais. Dezasseis anos depois, Portugal voltava a enfrentar a França, agora detentora do título mundial dois anos antes, que tinha novamente uma equipa recheadas de estrelas. Num jogo equilibrado, Portugal marcou primeiro mas os franceses acabariam por consumar a reviravolta já nos minutos finais do prolongamento, através de um penalty, bastante contestado pelos portugueses, que foi convertido por Zidane. Mais uma vez os gauleses foram o carrasco.
Apesar de tudo, esta foi sem dúvida uma das provas mais memoráveis para Portugal e para os portugueses, que marcaria um ponto de viragem no futebol português: desde então a Selecção A não mais falhou uma qualificação, seja para fases finais de Europeus ou Mundiais.


Equipa-Tipo

Vítor Baía
Abel Xavier
Fernando Couto
Jorge Costa
Dimas
Paulo Bento
Vidigal
Rui Costa
Luís Figo
João V. Pinto
Nuno Gomes

Seleccionador - Humberto Coelho


Resumo:

Europeu de 2000

Fase de Grupos (Grupo A)

Portugal 3-2 Inglaterra
Portugal 1-0 Roménia
Portugal 3-0 Alemanha

1/4 Final - Portugal 2-0 Turquia
1/2 Finais - Portugal 1-2 França (após prolongamento)

Vitórias - 4
Empates - 0
Derrotas - 1

Golos Marcados - 10
Golos Sofridos - 4




quinta-feira, 19 de maio de 2016

Benfica 1976-1977


Uma pré-época mal planeada acabou por trazer alguns dissabores ao Benfica durante a primeira metade do campeonato, no qual os encarnados estrearam-se com uma derrota em Alvalade por 3-0. Os métodos do novo treinador, o britânico John Mortimore, demoraram a ser assimilados pela equipa e à 12ª jornada as águias já estavam a seis pontos do líder Sporting. Este mau momento também se reflectiu na Taça dos Campeões Europeus, onde o Benfica foi eliminado logo na primeira eliminatória pelos alemães do Dinamo Dresden.
Contudo a segunda volta benfiquista no "Nacional" foi demolidora com 13 vitórias e 2 empates, e o Tri-Campeonato acabou por ficar praticamente garantido ainda muito antes do desfecho da prova, aproveitando também a "debacle" sportinguista durante esse período e a irregularidade do FC Porto de Pedroto. Desta forma leões e dragões ficaram respectivamente a 9 e 10 pontos de distância do campeão. 
Foi nesta época que "explodiu" um jovem jogador de 17 anos, cujo talento invulgar já não era diferente a ninguém: a maneira de "gingar"  de Fernando Chalana pelos adversários começava a deixar marca no futebol português.
Este foi o 5º "Tri" da história do Sport Lisboa e Benfica, feito que os encarnados apenas voltaram a repetir 39 anos depois... 


Equipa-Tipo

Bento
Bastos Lopes
Carlos Alhinho
Eurico
Pietra
Toni
Shéu
Vítor Martins
Nelinho
Chalana
Nené

Treinador - John Mortimore


Resumo:

1º Lugar - I Divisão 1976-1977

Vitórias - 23
Empates - 5
Derrotas - 2

Golos Marcados - 67
Golos Sofridos - 24





terça-feira, 3 de maio de 2016

Deportivo da Corunha 1999-2000


No virar do milénio o Deportivo da Corunha causou furor em Espanha e no Mundo, levando a festa à Galiza e aos românticos do futebol. Perante um Barcelona auto-destrutivo e um Real Madrid de duas caras, os galegos acabaram por se sagrar campeões pela primeira vez na sua história, afastando de vez os fantasmas da época 1993-1994, quando o título fugiu ao "Depor" no ultimo minuto da última jornada, após Djukic ter falhado um penaltie, naquele que foi um dos momentos mais dramáticos de sempre do futebol mundial.
Fica na retina a imagem de uma equipa bastante solidária e unida, onde sobressaía a magia de Djalminha a capacidade concretizadora de Roy Makaay. No seu estádio, o Riazor, a equipa treinada pelo basco Javier Irureta esteve quase intransponível, e foi lá que festejou o merecido título com os seus fervorosos adeptos, após vencerem o Espanhol na derradeira jornada.


Equipa-Tipo:

Songo
Manuel Pablo
Naybet
Donato
Romero
Mauro Silva
Flávio Conceição
Víctor
Fran
Djalminha
Makaay

Treinador - Javier Irureta


Resumo:

1º Lugar - Liga Espanhola 1999-2000


Vitórias - 21
Empates - 6
Derrotas - 11

Golos Marcados - 66
Golos Sofridos - 44