Apesar da vitória, o Benfica
voltou a mostrar dificuldades já sentidas durante esta época. Contra equipas
tacticamente organizadas os encarnados têm muitas dificuldades em impor o seu
jogo habitual e as suas debilidades defensivas são expostas de forma evidente.
Basta recordar os jogos com Nápoles, FC Porto ou mesmo com o Sp. Braga. A
equipa de Rui Vitória voltou a não sentir-se confortável a gerir uma vantagem tal
como se tinha visto no jogo de Istambul, com a diferença de nesta ocasião a
sorte ter sorrido às águias.
Mais uma derrota e mais uma
vitória moral para o Sporting. Apesar do domínio exercido na segunda parte do
encontro, os leões foram muito perdulários na finalização e não evitaram novo desaire. Tal como no final do jogo de Varsóvia, Jorge Jesus voltou a frisar que a sua equipa foi melhor que o adversário.
Ederson foi o melhor em campo com
uma exibição de gala. Relembrou assim a importância que teve na conquista do “Tri”
na época transacta, quando garantiu vitórias preciosas ao Benfica. Rafa
justificou em pleno a titularidade mostrando todo o seu talento que apenas devia
de ser melhor aproveitado em termos de finalização. Campbel mostrou porque é um
dos grandes “agitadores” do ataque leonino.
O que é certo é que Rui Vitória
tem óbvias razões para sorrir porque em termos práticos, volta a ter a vantagem
de 5 pontos sobre o rival de Alvalade, além de manter a quatro pontos um FC
Porto em excelente momento de forma. Vitória tem todo o mérito na forma como tem
gerido um plantel demasiado fustigado por lesões e na forma como tem mantido um
discurso coerente. Quanto a Jorge Jesus tem contas mais complicadas para fazer.
Estamos a chegar ao final do ano e os verde-e-brancos já estão fora das competições
europeias e voltam a estar a cinco pontos do tão ansiado primeiro lugar. E a
solução nem sempre está na permanente justificação dos insucessos da sua equipa
com a arbitragem ou a falta de pontaria…