terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O que se conclui sobre o Derby ?



Apesar da vitória, o Benfica voltou a mostrar dificuldades já sentidas durante esta época. Contra equipas tacticamente organizadas os encarnados têm muitas dificuldades em impor o seu jogo habitual e as suas debilidades defensivas são expostas de forma evidente. Basta recordar os jogos com Nápoles, FC Porto ou mesmo com o Sp. Braga. A equipa de Rui Vitória voltou a não sentir-se confortável a gerir uma vantagem tal como se tinha visto no jogo de Istambul, com a diferença de nesta ocasião a sorte ter sorrido às águias.
Mais uma derrota e mais uma vitória moral para o Sporting. Apesar do domínio exercido na segunda parte do encontro, os leões foram muito perdulários na finalização e não evitaram novo desaire. Tal como no final do jogo de Varsóvia, Jorge Jesus voltou a frisar que a sua equipa foi melhor que o adversário.
Ederson foi o melhor em campo com uma exibição de gala. Relembrou assim a importância que teve na conquista do “Tri” na época transacta, quando garantiu vitórias preciosas ao Benfica. Rafa justificou em pleno a titularidade mostrando todo o seu talento que apenas devia de ser melhor aproveitado em termos de finalização. Campbel mostrou porque é um dos grandes “agitadores” do ataque leonino.


O que é certo é que Rui Vitória tem óbvias razões para sorrir porque em termos práticos, volta a ter a vantagem de 5 pontos sobre o rival de Alvalade, além de manter a quatro pontos um FC Porto em excelente momento de forma. Vitória tem todo o mérito na forma como tem gerido um plantel demasiado fustigado por lesões e na forma como tem mantido um discurso coerente. Quanto a Jorge Jesus tem contas mais complicadas para fazer. Estamos a chegar ao final do ano e os verde-e-brancos já estão fora das competições europeias e voltam a estar a cinco pontos do tão ansiado primeiro lugar. E a solução nem sempre está na permanente justificação dos insucessos da sua equipa com a arbitragem ou a falta de pontaria…




domingo, 4 de dezembro de 2016

Balão de oxigénio no Dragão


Os festejos eufóricos após o golo do jovem Rui Pedro ao Sp. Braga, espelham bem o estado de alma em que se encontrava a nação portista, ávida de golos (520 minutos depois) e resultados (cinco empates seguidos). Nuno Espírito Santo, sabia bem da importância daquele golo, ainda para mais após a derrota do principal rival e líder, Benfica. O FC Porto acabou por materializar apenas num golo a sua superioridade, depois de várias oportunidades de golo frente um Braga encolhido, mas também fragilizado pela expulsão desde os 35 minutos. Um dos grandes problema do FC Porto esta época tem sido de facto a concretização: veja-se por exemplo os empates de Setúbal, em casa frente ao Benfica ou mesmo em Copenhaga. Apesar da segurança defensiva exibida, permitindo aos adversários poucas ou quase nenhumas ocasiões de golo na maioria dos jogos, os dragões raramente tiveram poder de fogo na frente. Esse desacerto por vezes gritante, aliado a uma certa falta de criatividade no meio-campo (destaque para o sub-rendimento do regressado Oliver Torres), originou um défice de resultados que levou a equipa portista a ser eliminada precocemente da Taça de Portugal, a estar em 3º lugar no campeonato (agora a apenas 4 pontos do 1º lugar) e à entrada da ultima jornada da "Champions" não ter conseguido ainda a qualificação para a fase seguinte, num grupo mais do que acessível. Num clube com os pergaminhos do FC Porto o balanço está longe de ser positivo, sobretudo face ao investimento brutal que foi feito na equipa de futebol nas últimas 3 épocas, o qual teima em não ter o retorno desportivo desejado pela SAD e pelos exigentes adeptos portistas. A vitória de ontem poderá servir de tónico para um hipotético "volte-face" nesta época ? As próximas semanas o dirão...



segunda-feira, 30 de maio de 2016

Europeu de 2000: Portugal vs Inglaterra




Fase de Grupos (Grupo A) - 12/06/2000

Portugal

Vítor Baía
Abel Xavier
Fernando Couto
Dimas
Paulo Bento
Vidigal
Rui Costa (Beto, 85')
Luís Figo
João V. Pinto (Sérgio Conceição, 75')
Nuno Gomes (Capucho, 89')

Seleccionador - Humberto Coelho


Inglaterra

David Seaman
Gary Neville
Tony Adams (Martin Keown, 82')
Sol Campbel
Phil Neville
Paul Ince
Paul Scholes
David Beckham
Steve McManaman (Dennis Wise, 58')
Alan Shearer
Michael Owen (Emile Heskey, 46')

Seleccionador - Kevin Keegan


Golos: Scholes 0-1 (3'); McManaman 0-2 (18'); Luís Figo 1-2 (22'), João V. Pinto 2-2 (37'); Nuno Gomes 3-2 (59')




sábado, 28 de maio de 2016

Portugal no Europeu de 2000


Uma das mais brilhantes gerações do futebol português, chegava ao Europeu na Holanda e na Bélgica na sua maioridade e no pleno das suas capacidades. No entanto, como de costume, a "Selecção das Quinas" não conseguiu evitar chegar ao último jogo da qualificação a ter que fazer contas: para se qualificar directamente para o Europeu, os portugueses tinham de ganhar por três golos de diferença aos húngaros no Estádio da Luz. Pois foi isso que aconteceu, Portugal 3-0 Hungria, nem mais, nem menos. Um feito heróico, já que a equipa de Humberto Coelho esteve em desvantagem numérica durante largos minutos do encontro.
A Selecção Nacional ficou inserida no "Grupo da Morte" com ingleses, alemães e romenos. Alguma desconfiança pairava sobre a "Geração de Ouro" apesar de todo o seu talento e experiência. No primeiro jogo contra a Inglaterra, tudo parecia correr mal para a "Selecção de Todos Nós", quando aos 20 minutos os ingleses já estavam a vencer por 2-0. Mas uma exibição de gala de Rui Costa (3 assistências) e os golaços de Luís Figo, João V. Pinto e Nuno Gomes, levaram os portugueses ao colo, originando a mais extraordinária reviravolta lusa em jogos de fases finais, desde os 5-3 à Coreia do Norte no Mundial de 1966. A vitória final por 3-2 dava o mote para aquele que seria um grande torneio. Portugal acabou mesmo por ficar no 1º lugar do grupo, após vencer no último minuto a Roménia (golo de Costinha que tinha entrando poucos minutos antes), e golear uma Alemanha moribunda ("hat-trick" de Sérgio Conceição). 
Nos Quartos-de-Final, dois golos de Nunos Gomes contra a Turquia davam o passaporte para as meias-finais. Dezasseis anos depois, Portugal voltava a enfrentar a França, agora detentora do título mundial dois anos antes, que tinha novamente uma equipa recheadas de estrelas. Num jogo equilibrado, Portugal marcou primeiro mas os franceses acabariam por consumar a reviravolta já nos minutos finais do prolongamento, através de um penalty, bastante contestado pelos portugueses, que foi convertido por Zidane. Mais uma vez os gauleses foram o carrasco.
Apesar de tudo, esta foi sem dúvida uma das provas mais memoráveis para Portugal e para os portugueses, que marcaria um ponto de viragem no futebol português: desde então a Selecção A não mais falhou uma qualificação, seja para fases finais de Europeus ou Mundiais.


Equipa-Tipo

Vítor Baía
Abel Xavier
Fernando Couto
Jorge Costa
Dimas
Paulo Bento
Vidigal
Rui Costa
Luís Figo
João V. Pinto
Nuno Gomes

Seleccionador - Humberto Coelho


Resumo:

Europeu de 2000

Fase de Grupos (Grupo A)

Portugal 3-2 Inglaterra
Portugal 1-0 Roménia
Portugal 3-0 Alemanha

1/4 Final - Portugal 2-0 Turquia
1/2 Finais - Portugal 1-2 França (após prolongamento)

Vitórias - 4
Empates - 0
Derrotas - 1

Golos Marcados - 10
Golos Sofridos - 4




quinta-feira, 19 de maio de 2016

Benfica 1976-1977


Uma pré-época mal planeada acabou por trazer alguns dissabores ao Benfica durante a primeira metade do campeonato, no qual os encarnados estrearam-se com uma derrota em Alvalade por 3-0. Os métodos do novo treinador, o britânico John Mortimore, demoraram a ser assimilados pela equipa e à 12ª jornada as águias já estavam a seis pontos do líder Sporting. Este mau momento também se reflectiu na Taça dos Campeões Europeus, onde o Benfica foi eliminado logo na primeira eliminatória pelos alemães do Dinamo Dresden.
Contudo a segunda volta benfiquista no "Nacional" foi demolidora com 13 vitórias e 2 empates, e o Tri-Campeonato acabou por ficar praticamente garantido ainda muito antes do desfecho da prova, aproveitando também a "debacle" sportinguista durante esse período e a irregularidade do FC Porto de Pedroto. Desta forma leões e dragões ficaram respectivamente a 9 e 10 pontos de distância do campeão. 
Foi nesta época que "explodiu" um jovem jogador de 17 anos, cujo talento invulgar já não era diferente a ninguém: a maneira de "gingar"  de Fernando Chalana pelos adversários começava a deixar marca no futebol português.
Este foi o 5º "Tri" da história do Sport Lisboa e Benfica, feito que os encarnados apenas voltaram a repetir 39 anos depois... 


Equipa-Tipo

Bento
Bastos Lopes
Carlos Alhinho
Eurico
Pietra
Toni
Shéu
Vítor Martins
Nelinho
Chalana
Nené

Treinador - John Mortimore


Resumo:

1º Lugar - I Divisão 1976-1977

Vitórias - 23
Empates - 5
Derrotas - 2

Golos Marcados - 67
Golos Sofridos - 24





terça-feira, 3 de maio de 2016

Deportivo da Corunha 1999-2000


No virar do milénio o Deportivo da Corunha causou furor em Espanha e no Mundo, levando a festa à Galiza e aos românticos do futebol. Perante um Barcelona auto-destrutivo e um Real Madrid de duas caras, os galegos acabaram por se sagrar campeões pela primeira vez na sua história, afastando de vez os fantasmas da época 1993-1994, quando o título fugiu ao "Depor" no ultimo minuto da última jornada, após Djukic ter falhado um penaltie, naquele que foi um dos momentos mais dramáticos de sempre do futebol mundial.
Fica na retina a imagem de uma equipa bastante solidária e unida, onde sobressaía a magia de Djalminha a capacidade concretizadora de Roy Makaay. No seu estádio, o Riazor, a equipa treinada pelo basco Javier Irureta esteve quase intransponível, e foi lá que festejou o merecido título com os seus fervorosos adeptos, após vencerem o Espanhol na derradeira jornada.


Equipa-Tipo:

Songo
Manuel Pablo
Naybet
Donato
Romero
Mauro Silva
Flávio Conceição
Víctor
Fran
Djalminha
Makaay

Treinador - Javier Irureta


Resumo:

1º Lugar - Liga Espanhola 1999-2000


Vitórias - 21
Empates - 6
Derrotas - 11

Golos Marcados - 66
Golos Sofridos - 44




quarta-feira, 20 de abril de 2016

FC Porto 2008-2009


Mais uma temporada vitoriosa para o FC Porto de Jesualdo Ferreira, que após vários percalços na primeira metade da temporada, acabou por festejar o segundo "Tetra" da história dos azuis e brancos (nunca nenhum clube português conseguira dois "Tetras"). Foi o ano da estreia um jogador que viria a dar que falar no futebol português: Hulk. O brasileiro acabaria por ganhar a alcunha de "O Incrível", não só pelo seu aspecto físico peculiar, mas também pelas suas tremendas capacidades atléticas e poder de desequilíbrio nas defesas contrárias.
Na Liga dos Campeões, os portistas chegaram aos quartos de final onde foram eliminados pelo Manchester Utd. Cristiano Ronaldo foi o carrasco a apontar o golo (uma bomba) da vitória inglesa no Dragão, após um empate a duas bolas em Manchester. No último jogo da época no Jamor, o FC Porto venceu a Taça de Portugal após derrotar o P. Ferreira na final, arrecadando mais uma "dobradinha".
Num ano em que se chegou a falar em "crise", os dragões mostraram que afinal ainda eram donos e senhores do futebol português.


Equipa-Tipo

Helton
Fucile
Bruno Alves
Rolando
Cissokho
Fernando
Raul Meireles
Lucho Gonzalez
Cristián Rodriguez
Hulk
Lisandro Lopez


Treinador - Jesualdo Ferreira


Resumo:

1º Lugar - Liga Sagres 2008-2009

Vitórias - 21
Empates - 7
Derrotas - 2

Golos Marcados - 61
Golos Sofridos - 18






quinta-feira, 14 de abril de 2016

Europeu de 1984: França vs Portugal




Meias-Finais - 23/06/1984

França

Bats
Battiston
Bossis
Le Roux
Domergue
Luis Fernandez
Tigana
Platini
Giresse
Lacombe (Ferreri, 66')
Six (Bellone, 104')

Seleccionador - Michel Hidalgo


Portugal

Bento
João Pinto
Lima Pereira
Eurico
Álvaro
Frasco
Sousa (Nené, 62')
Jaime Pacheco
Chalana
Diamantino (Gomes, 46')
Jordão

Seleccionador - Fernando Cabrita


Golos: Domergue 1-0 (24'); Jordão 1-1 (74'); Jordão 1-2 (98'); Domergue 2-2 (114'); Platini 3-2 (119')





quarta-feira, 13 de abril de 2016

Portugal no Europeu de 1984


Portugal-União Soviética. Estádio da Luz. Última jornada da fase de qualificação para o Europeu de França. Chalana sofre um penaltie a fechar o primeiro tempo e Jordão converte o castigo. Dezoito anos depois a Selecção Nacional voltava à alta roda do futebol mundial, qualificando-se pela primeira na sua história para a fase final de um Europeu, depois um apuramento que não esteve isento de sobressaltos, muito ao jeito lusitano.
Numa altura em que a confusão reinava na Federação Portuguesa de Futebol, e em que as frustrações eram constantes no que tocava a presenças em grandes competições internacionais, o brasileiro Otto Glória que regressava a terras lusas após uma longa ausência, foi o homem escolhido para quebrar a "malapata" portuguesa. Apesar do bom começo, Glória acabou por ser destituído do cargo de seleccionador na sequência de duas pesadas derrotas: 5-0 na União Soviética (já a meio da qualificação) e 4-0 com o Brasil num jogo amigável em Coimbra, terminado desta forma o seu ciclo no futebol português. A solução encontrada para render o histórico treinador brasileiro, recaiu numa comissão técnica composta por Fernando Cabrita, Toni e António Morais. Uma decisão que visava os interesses de Benfica e FC Porto, na altura em conflito constante devido não só a desentendimentos com a Federação, mas também a uma certa luta pela hegemonia do futebol nacional. Entretanto essa guerra entre clubes também já tinha atingido os próprios jogadores da Selecção. Foi desta forma que a comitiva portuguesa partiu para França: a rivalidade acessa entre jogadores e técnicos, os crónicos problemas organizacionais, mas muita qualidade e sede de reconhecimento.
A fase de grupos, que se antevia complicada, começou com duas boas exibições diante das potências Rep. Federal da Alemanha (0-0) e da Espanha (1-1). No jogo que se seguiu com a Roménia, o veterano Nené saltou do banco para marcar o golo da vitória e carimbar o passaporte para as meias-finais. Num jogo de antologia contra a selecção anfitriã, os portugueses tiveram o pássaro na mão já no prolongamento, acabando por não ser suficiente a exibição portentosa de Manuel Bento (uma das melhores da sua carreira), a magia emanada pelo "Pequeno Genial" Fernando Chalana ou a eficácia da "Gazela Negra" Jordão. Platini, o melhor jogador do Europeu, acabou com as esperanças lusas a um minuto do final do prolongamento dando à vitória à selecção francesa, que se iria coroar campeã da Europa.
Apesar do cenário problemático que antecedeu esta grande caminhada, os "Patrícios" regressavam assim a casa com a sensação de terem honrado o "futebolzinho português", fazendo com que este voltasse outra vez à bocas do Mundo. Uma palavra especial sobretudo para os jogadores portugueses, que conseguiram por de lado todas as suas divergências, pondo em campo todo o seu talento e determinação em prol da Nação.


Equipa-Tipo

Bento
João Pinto
Lima Pereira
Eurico
Álvaro
Frasco
Carlos Manuel
Jaime Pacheco
Sousa
Chalana
Jordão

Seleccionador - Fernando Cabrita


Resumo:

Europeu 1984

Fase de Grupos (Grupo B)

RFA 0-0 Portugal
Portugal 1-1 Espanha
Portugal 1-0 Roménia

1/2 Finais - França 3-2 Portugal (após prolongamento)

Vitórias - 1
Empates - 2
Derrotas - 1

Golos Marcados - 4
Golos Sofridos - 4




segunda-feira, 11 de abril de 2016

I Divisão 1959-1960: Benfica vs Sporting




24ª Jornada - 10/04/1960

Benfica

Costa Pereira
Ângelo
Artur Santos
Mário João
Cruz
José Neto
Cavém
Santana
Coluna
José Augusto
José Águas

Treinador - Bela Guttmann


Sporting

Octávio de Sá (Carvalho, 30')
Lúcio
Hilário
Mário Lino
Fernando Mendes
David Júlio
Morais
Monteiro
Vadinho
Seminario
Diego

Treinador - Mário Imbelloni


Golos: José Augusto 1-0 (1'); Cavém 2-0 (10'); Seminario 2-1 (19'); José Águas 3-1 (26'); José Augusto 4-1 (50', g.p.); Monteiro 4-2 (81'); Lúcio 4-3 (84')




domingo, 10 de abril de 2016

Benfica 1959-1960


O defeso de 1959 teve um papel fulcral no virar de página do Sport Lisboa e Benfica e do futebol português. Bela Guttmann, o mítico treinador húngaro, que acabara de se sagrar campeão pelo FC Porto, foi contratado por Mauricio Vieira de Brito. O então presidente dos encarnados também assegurou o concurso do jovem avançado José Augusto, quem também tinha sido sondado pelos portistas.
O campeonato foi disputado de forma bastante intensa entre Benfica e Sporting, pois o campeão FC Porto, ainda abalado pelos acontecimentos verificados na pré-época, ficou muito cedo afastado da corrida.
José Augusto que viria a tornar-se num dos melhores extremos da Europa ao ponto de ser apelidado "O Garrincha Português" pelo jornalista francês Daniel Hanot do "L'Equipe", foi fundamental para o sucesso dos encarnados, apontando 19 golos. A sua velocidade, técnica apurada e surpreendente jogo de cabeça, iriam deixar marca na Luz durante vários anos, e torná-lo numa lenda do Benfica e da selecção de Portugal. Esta também seria a época de estreia de águia ao peito de outro jovem promissor, de seu nome José Torres...
O jogo do título teve lugar no Estádio da Luz entre Benfica e Sporting na antepenúltima jornada da prova, e foi na altura apregoado como "O Encontro do Século", tal a rivalidade efervescente entre os dois rivais da Segunda Circular e os contornos decisivos do embate. Num jogo de emoções fortes, que provocou muitos desmaios entre os adeptos nas bancadas, as águias venceram os leões por 4-3 e deram um passo gigante rumo ao título. Infelizmente a tragédia abateu-se sobre a Luz, pois o antigo guarda-redes encarnado Pedro Conceição, acabou por falecer de comoção, quando foi marcado o quarto golo dos encarnados por José Augusto numa grande penalidade.
O Benfica de Guttmann acabou por se sagrar campeão nacional após uma vitória em Matosinhos sobre o Leixões, iniciando desta forma o período que viria ser o mais brilhante da sua história.


Equipa-Tipo

Costa Pereira
Cruz
Artur Santos
Serra
Mário João
José Neto
Coluna
Cavém
Santana
José Augusto
José Águas

Treinador - Bela Guttmann


Resumo:

1º Lugar - I Divisão 1959-1960

Vitórias - 20
Empates - 5
Derrotas - 1

Golos Marcados - 75
Golos Sofridos - 27







quinta-feira, 7 de abril de 2016

Olhanense 2011-2012


Com um dos orçamentos mais baixos entre as equipas da I Liga, o Olhanense acabou por realizar uma boa época, alcançado um pouco expectável mas meritório 8º lugar no campeonato. 
O momento-chave da época sucedeu quando Sérgio Conceição substituiu Dauto Faquirá à 14 ª jornada, numa mudança que permitiu à equipa de Olhão melhorar o seu desempenho de forma significativa. Das nove vitórias alcançadas pelos rubros-negros na prova principal, seis foram obtidas fora do José Arcanjo, um facto bastante curioso. Destaque em termos individuais para os jovens extremos Salvador Agra e Wilson Eduardo, assim como para o guarda-redes brasileiro Fabiano Freitas.


Equipa-Tipo

Fabiano Freitas
Mexer
Maurício
André Pinto
Ismaily
Caué
Fernando Alexandre
Rui Duarte
Wilson Eduardo
Salvador Agra
Dady

Treinador(es) - Dauto Faquirá (até à 13ª jornada) / Sérgio Conceição


Resumo:

8º lugar - Liga ZON Sagres 2011-2012

Vitórias - 9
Empates - 12
Derrotas - 9

Golos Marcados - 36
Golos Sofridos - 38



terça-feira, 5 de abril de 2016

Sporting 1979-1980


Nova aposta do presidente João Rocha no treinador Rodrigues Dias, que já tinha conquistado uma Taça de Portugal em 1977-78 ao serviço dos leões, revelou-se desta vez pouco certeira. Após a eliminação na Taça UEFA ao pés do Kaiserslautern e de uma derrota na Luz, o técnico acabou por ser despedido dando lugar ao seu adjunto Fernando Mendes. A antiga glória leonina nos anos 60, conseguiu formar uma equipa sólida e aguerrida que contava com o talento da dupla Manuel Fernandes e Jordão para resolver os jogos.
O Sporting acabou por discutir o título taco a taco com o FC Porto, a equipa bi-campeã nacional. E foi de forma algo surpreendente que os leões se sagraram campeões na última jornada do campeonato ao aproveitar uma derrota dos portistas em Espinho, ao mesmo tempo que venciam a U. Leiria em Alvalade.


Equipa-Tipo

Vaz
Artur Correia
Bastos
Eurico
Barão
Menezes
Fraguito
Ademar
Manuel Fernandes
Jordão
Manoel

Treinador(es) - Rodrigues Dias (até à 9ª jornada)/ Fernando Mendes


Resumo:

1º Lugar - I Divisão 1979-1980

Vitórias - 24
Empates - 4
Derrotas - 2

Golos Marcados - 67
Golos Sofridos - 17




sexta-feira, 1 de abril de 2016

Final da Taça dos Campeões Europeus 1991-1992: FC Barcelona vs Sampdoria



FINAL - 20/05/1992

Barcelona

Zubizarreta
Ferrer
Nando
Ronald Koeman
Juan Carlos
Eusebio
Guardiola (Alexanko, 112')
Jose Maria Bakero
Michael Laudrup
Salinas (Goikoetxea, 65')
Stoichkov

Treinador - Johan Cruyff


Sampdoria

Pagliuca
Mannini
Vierchowood
Lanna
Katanec
Bonetti (Invernizzi, 73')
Toninho Cerezo
Pari
Lombardo
Mancini
Vialli (Buso, 100')

Treinador - Vujadin Boskov


Golo: Ronald Koeman 1-0 (112')





quarta-feira, 30 de março de 2016

FC Barcelona 1991-1992


Esta foi a época de consagração do FC Barcelona de Cruyff como o mítico "Dream-Tream". Os "blaugrana" venceram a sua primeira Taça dos Campeões Europeus em pleno estádio deWembley contra a Sampdoria, com o golo da vitória a ser marcado por Ronald Koeman já no prolongamento, através de um livre magistral. 
A nível interno os catalães juntaram à Supertaça, mais um título da liga espanhola, que chegou a estar praticamente perdido após um começo desastroso, que colocou os "culés" a 8 pontos do líder Real Madrid, em meados da primeira volta (vitória ainda valia 2 pontos). O campeonato acabou por ser ganho de forma dramática na última jornada às custas da derrota do madrilenos, que partiam como líder, em Tenerife.
Além de se ter sagrado campeão europeu pela primeira vez, o Barcelona conquistava o bi-campeonato pela primeira vez em mais de 30 anos, dando início a um novo ciclo no futebol espanhol, que até então havia sido dominado pelo grande rival da capital espanhola, o Real Madrid.


Equipa-Tipo

Zubizarreta
Ronald Koeman
Nando
Juan Carlos
Amor
Jose M. Bakero
Guardiola
Eusebio
Michael Laudrup
Stoichkov
Begiristain

Treinador - Johan Cruyff


Resumo:

1º Lugar - Liga Espanhola 1991-1992

Vitórias - 23
Empates - 9
Derrotas - 6

Golos Marcados - 87
Golos Sofridos - 37


Percurso do vencedor da Taça dos Campeões Europeus:

Primeira Fase:

1ª Mão
- Barcelona 3-0 Hansa Rostock
2ª Mão - Hansa Rostock 1-0 Barcelona

Segunda Fase:

1ª Mão - Barcelona 2-0 Kaiserslautern
2ª Mão - Kaiserslautern 3-1 Barcelona

Fase de Grupos (Grupo B):

Barcelona 3-2 Sparta Praga
Benfica 0-0 Barcelona
Dinamo Kive 0-2 Barcelona
Barcelona 3-0 Dinamo Kiev
Sparta Praga 1-0 Barcelona
Barcelona 2-1 Benfica


FINAL - Barcelona 1-0 Sampdoria (a.p.)








quinta-feira, 17 de março de 2016

Benfica 2001-2002


Ainda a recuperar do trauma vivido na época anterior em que tinha ficado em 6º lugar, a sua pior classificação de sempre no campeonato, o Benfica partia para a nova temporada com esperanças renovadas, tendo em conta as aquisições sonantes durante o defeso, as quais geraram uma onda de entusiasmo entre os adeptos benfiquistas. Zahovic e Drulovic vieram do rival FC Porto. A pérola angolana Pedro Mantorras de 19 anos, chegava do Alverca como uma grande promessa e envolto numa aura muito especial, como há muito não se via na Luz. E finalmente a estrela em ascensão, Simão Sabrosa, que já tinha brilhado muito jovem ao serviço do Sporting, mas que tinha realizados duas épocas discretas ao serviço do FC Barcelona, clube ao qual o Benfica pagou 13 milhões de euros, passando a ser na altura a contratação mais cara de sempre dos encarnados.
Contudo, as águias iniciaram a época de forma muito irregular, e ainda antes do fecho da primeira volta, Toni foi despedido após uma derrota no Bessa. O seu adjunto, Jesualdo Ferreira, pegou no leme, mas apesar da ajuda de alguns reforços de Inverno importantes como Tiago ou Jankauskas, não conseguiu melhor que o 4º lugar na classificação final do campeonato.
Além de ter terminado mais uma época sem qualquer título, pelo segundo ano consecutivo o Benfica não se qualificou para as competições europeias. Melhores dias haveriam de chegar...


Equipa-Tipo

Enke
Armando Sá
Argel
João M. Pinto
Caneira
Fernando Meira
Ednilson
Zahovic
Drulovic
Simão Sabrosa
Mantorras

Treinador(es) - Toni (até à 16ª jornada) / Jesualdo Ferreira


Resumo:

4º Lugar - I Liga 2001-2002

Vitórias - 17
Empates - 12
Derrotas - 5

Golos Marcados - 66
Golos Sofridos - 37





quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Aqui o estaminé faz 3 anos...


Sei que nem sempre tenho "postado" com regularidade ao longo deste tempo todo, mas agradeço a todos os que têm acompanhado o blogue (com maior ou menor frequência) pois vocês são a principal motivação para a sua existência. A continuação de um bom ano e saudações desportivas !