quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Benfica 1988-1989


Com a final europeia de Estugarda ainda fresca na memória, o Benfica iniciava a época apostado em recuperar a hegemonia nacional, entretanto posta em causa por um FC Porto que começava a afirmar-se a nível europeu e mundial. A rivalidade com o clube portista atingira o auge, com a saída de Dito e Rui Águas para as Antas durante o defeso, num processo polémico que fez correr muita tinta. Apesar de tudo o Benfica contaria com a aquisição de dois reforços de luxo: o defesa-central Ricardo Gomes e o médio criativo Valdo, ambos internacionais brasileiros. Depois da contratação de Mozer na época anterior, os encarnados passavam assim a dispor da dupla de centrais da selecção do Brasil, garantindo uma grande consistência defensiva à equipa (15 golos sofridos em 38 partidas do campeonato). Valdo era um nº10 dotado de uma técnica individual e visão de jogo muito acima da média. Por ele passava toda a manobra do jogo ofensivo benfiquista. A maior revelação seria o angolano Vata com 16 golos marcados que acabou por ser o melhor marcador do campeonato. Um jogador que viria a dar muito que falar na temporada seguinte, nomeadamente na célebre final de Viena...
O Benfica sagrou-se campeão nacional efectuando um campeonato bastante regular (ainda que com algumas vitórias obtidas nos últimos minutos), terminando a prova com 7 pontos de vantagem sobre o FC Porto e 14 sobre o Boavista. O desempenho europeu foi algo desapontante com eliminação logo na 2ª eliminatória da Taça UEFA às mãos dos belgas do FC Liège. Na final da taça de Portugal no Jamor o Benfica perderia com um surpreendente Belenenses por 2-1.


Equipa Tipo

Silvino
Veloso
Ricardo Gomes
Mozer
Fonseca
Valdo
Vítor Paneira
Pacheco
Abel Campos
Vata
Magnusson

Treinador - Toni


Resumo:

1º Lugar - I Divisão 1988-1989

Vitórias - 27
Empates - 9
Derrotas - 2
Golos Marcados - 60
Golos Sofridos - 15




terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Taça UEFA 1991-1992: Boavista vs Inter de Milão



1ª Eliminatória (1ª Mão) - 18/09/1991

Boavista

Pudar, Paulo Sousa, Barny, Samuel, Fernando Mendes, Nogueira, Casaca, Nelo (Coelho, 73'), João V. Pinto , Marlon Brandão, Ricky (Edward, 73')

Treinador - Manuel José


Inter

Zenga, Bergomi, Battistini, Montanari, Ferri (Fontolan, 52'), Brehme, Dino Baggio, Fausto Pizzi, Matthäus, Desideri (Berti, 46'), Ciocci

Treinador - Corrado Orrico


Golos: 1-0 Marlon Brandão (38'); 2-0 Barny (57'); 2-1 Fontolan (67')




1ª Eliminatória (2ª Mão) - 02/10/1991

Inter

Zenga, Bergomi, Paganin, Ferri (Fontolan, 57'), Brehme, Bianchi, Berti, Matthäus (Dino Baggio, 89'), Desideri, Ciocci, Klinsmann

Treinador - Corrado Orrico


Boavista

Pudar, Samuel, Paulo Sousa, Nogueira, Fernando Mendes, Barny, Nelo, Casaca, Marlon Brandão, João V. Pinto, Coelho

Treinador - Manuel José


Golos: Nada a registar




domingo, 27 de janeiro de 2013

Boavista 1991-1992


Ano memorável para os axadrezados em todas as frentes: 3º lugar no campeonato (sem derrotas em casa), conquista da Taça de Portugal (a 4ª do Boavista) frente ao FC Porto e eliminação do poderoso Inter de Milão na Taça UEFA. Esta foi também a primeira de cinco épocas de Manuel José no comando do clube do Bessa. E que estreia !
Nesta equipa de jogadores combativos, sobressaia o virtuosismo de um menino prodígio de seu nome João Vieira Pinto, que após um ano pouco feliz em Espanha regressara ao Bessa para rubricar uma época brilhante. Estava claro que se tratava de uma questão de tempo, até a jovem estrela se transferir para um clube com outras ambições. Seria na época seguinte e para o Benfica. Já o nigeriano Ricky sagrou-se o melhor marcador do campeonato com uns impressionantes 30 golos, sendo esta a primeira e única vez que um jogador do Boavista alcançou essa façanha.
Resumindo, pode-se considerar como uma das melhores épocas da história dos axadrezados, ainda no início de uma década de boa memória para o clube.


Equipa-Tipo

Pudar
Paulo Sousa
Samuel
Barny
Fernando Mendes
Casaca
Bobó
Tavares
Nelo
João V. Pinto
Ricky

Treinador - Manuel José


Percurso do vencedor da Taça de Portugal:

4ª Eliminatória - Boavista 2-0 Lusitânia Lourosa
5ª Eliminatória - Boavista 3-1 U. Madeira
1/8 de Final - Boavista 3-0 Freamunde
1/4 de Final - Boavista 1-0 Gil Vicente
1/2 Finais - Benfica 1-2 Boavista
Final - Boavista 2-1 FCPorto


Resumo:

3º Lugar - I Divisão 1991-1992

Vitórias - 16
Empates - 12
Derrotas - 6
Golos Marcados - 45
Golos Sofridos - 27


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Mundial de 1998: Espanha vs Nigéria



Fase de Grupos (Grupo D) - 13/06/1998

Espanha

Zubizarreta
Ferrer (Amor, 45')
Alkorta
Hierro
Sergi
Iván Campo
Nadal (Celades, 77')
Luis Enrique
Raúl
Alfonso (Etxeberria, 58')
Kiko

Seleccionador - Javier Clemente


Nigéria

Rufai
Oparaku (Yekini, 70')

Babayaro

Okechukwu

Taribo West

Mutiu Adepoju

Jay-Jay Okocha

Garba Lawal (G. Okpara, 93')

Oliseh


Finidi

Ikpeba (Babangida, 83')

Seleccionador - Bora Milutinovic


Golos: 1-0 Hierro (21'); 1-1 Adepoju (25'); 2-1 Raúl(47'); 2-2 Lawal (73') 2-3 Oliseh (78')




Nigéria no Mundial de 1998


A Nigéria tinha chegado ao Campeonato do Mundo em França, cotada como uma das selecções africanas mais talentosas que haviam chegado a uma fase final da competição. Os Super Eagles tinham de facto razões para sonharem com altos voos, pois vários dos jogadores seleccionados pelo sérvio Milutinovic, ou tinham conquistado o título olímpico Atlanta dois anos antes, ou contavam com a experiência em 1994 no Mundial dos Estados Unidos.
O começo foi espectacular com uma vitória por 3-2 contra a Espanha, uma das selecções favoritas a ganhar o Mundial. Seguiu-se uma vitória contra a Bulgária e consequente apuramento para os Oitavos de Final. Apesar de já qualificados, no último jogo do grupo os nigerianos davam os primeiros sinais de que algo não estava bem, ao perderem com o Paraguai por 3-1. O jogo com a Dinamarca nos oitavos veio por a nu as deficiências da equipa nigeriana, batida de forma estranhamente fácil pelo nórdicos (4-1). O maior problema da Nigéria durante a prova acabou por ser o mesmo de tantas outras equipas africanas em Mundiais anteriores: as fragilidades defensivas e pouca maturidade táctica. Isto aliado ao estilo atacante em demasia adoptado por Milutinovic (jogando a maior parte das vezes com 3 defesas) que veio a revelar-se fatal para as aspirações da equipa.
Para a história fica sem dúvida a ambição e todo o talento que se consegui reunir numa só selecção, chegando-se a acreditar que era desta que uma selecção de África iria atingir o topo futebol mundial.


Equipa-Tipo

Rufai
Babayaro
Okechukwu
Taribo West
Oliseh
Garba Lawal
Mutiu Adepoju
Jay-Jay Okocha
Kanu
Finidi
Ikpeba

Seleccionador - Bora Milutinovic


Resumo:

Mundial 1998

Fase de Grupos (1º lugar do grupo D com 6 pontos)

Nigéria 3-2 Espanha
Nigéria 1-0 Bulgária
Nigéria 1-3 Paraguai

1/8 de Final - Nigéria 1-4 Dinamarca

Vitórias - 2
Empates - 0
Derrotas - 2
Golos Marcados - 6
Golos Sofridos - 9


domingo, 20 de janeiro de 2013

FC Porto 1992-1993


Segunda temporada do brasileiro Carlos Alberto Silva como técnico do FC Porto e... segundo título de campeão conquistado. O campeonato do "bi" foi no entanto bem mais disputado que o da época anterior, numa luta cerrada quase até à ultima jornada entre FC Porto e Benfica. No final os portistas sagraram-se campeões com 2 pontos de vantagem sobre os encarnados e 9 sobre o Sporting.
A equipa titular dos dragões era praticamente a mesma de 1991-1992, composta por uma defesa seguríssima, a melhor da prova com 17 golos sofridos (Vítor Baía foi titular em todos os jogos do campeonato pela 4ª temporada consecutiva). Era aliás o ponto forte desta equipa, a sua segurança defensiva assim como a capacidade de sacrifício. Na frente de ataque mantinha-se a dupla habitual Domingos e Kostadinov, cada um com 9 golos marcados. Timofte, o romeno de um pé esquerdo fenomenal, foi o melhor marcador da equipa com 11 golos.
A meio da época seria disputada a Supertaça Cândido de Oliveira que o FC Porto perdeu contra o Boavista (1-2 nas Antas e 2-2 no Bessa). No que à Europa diz respeito, o FC Porto ficou-se pela fase de grupos na primeira edição da Liga dos Campeões, num grupo que tinha ainda AC Milan, PSV Eindhoven e IFK Gotemburgo.


Equipa-Tipo

Vítor Baía
João Pinto
Fernando Couto
Aloísio
Bandeirinha
André
Rui Filipe
Semedo
Jaime Magalhães
Domingos
Kostadinov

Treinador - Carlos Alberto Silva


Resumo:

1º Lugar - I Divisão 1992-1993

Vitórias - 24
Empates - 6
Derrotas - 4
Golos Marcados - 59
Golos Sofridos - 17




quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Final da Taça de Portugal 1989-1990: E. Amadora vs Farense



FINAL - 27/05/1990

E. Amadora

Melo, Rui Neves, Duílio, Pedro Barny, Caetano, Rebelo, Bóbó (Nélson Borges), Paulo Bento, Paulo Jorge (Ricardo Lopes), Basaúla, Baroti

Treinador - João Alves


Farense

Lemajic, Carlos Pereira (Ricardo), Marco, Sérgio Duarte, Eugénio, Pereirinha, Ademar, Formosinho (Mané), Nelo, Pitico, Fernando Cruz 

Treinador - Paco Fortes


Golos: 1-0 Nélson Borges (93') ; 1-1 Fernando Cruz (117')




FINALÍSSIMA - 03/06/1990

E. Amadora

Melo, Duílio, Rui Neves, Chico Oliveira, Pedro Barny, Bóbó, Rebelo, Paulo Bento, Nélson Borges (Elias), Ricardo Lopes (Jaime Cerqueira) e Baroti.

Treinador - João Alves


Farense

Lemajic, Carlos Pereira (Ricardo), Marco, Sérgio Duarte, Eugénio, Pereirinha, Ademar, Formosinho (Mané), Nelo, Pitico e Fernando Cruz

Treinador - Paco Fortes


Golos: 1-0 Paulo Bento (30'); 2-0 Ricardo Lopes (63')




segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Farense 1989-1990


Temporada histórica no S. Luís com a sensacional ida do Farense à Final da Taça de Portugal, sendo esta a primeira vez que uma equipa da II divisão atingia tal feito. À disposição de carismático treinador Paco Fortes, estavam já jogadores como Luisão, Sérgio Duarte ou Pitico, os quais revelar-se-iam fundamentais para as boas épocas do clube algarvio nos anos que se seguiram. Na Final do Jamor com o Estrela da Amadora registou-se uma igualdade a um golo, tendo havido lugar a uma Finalíssima, onde o Estrela foi mais forte a acabou por vencer por 2-0.
Nesta época o Farense subiria à I Divisão, iniciando na temporada seguinte o período de tempo mais longo da sua história enquanto equipa primodivisionária.



Percurso até à Final da Taça:

1ª Eliminatória - Farense 3-0 Portalegrense
2ª Eliminatória - Farense 3-2 Oliveirense

3ª Eliminatória - Odivelas 1-9 Farense
4ª Eliminatória - Farense 7-0 Esp. Lagos
1/8 de Final - Farense 2-0 U. Madeira (após 0-0 no 1º jogo no Funchal)
1/4 de Final - Farense 4-0 Valonguense
1/2 Finais - Belenenses 1-2 Farense



Resumo:

1º lugar - II Divisão Zona Sul 1989-1990

Vitórias - 24
Empates - 5
Derrotas - 4
Golos Marcados - 76
Golos Sofridos - 22





quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

V. Guimarães 1994-1995


Este ficou conhecido como o ano do futebol-espectáculo em Guimarães, após algumas temporadas decepcionantes em que o Vitória dispunha de jogadores de grande valor, mas não se qualificava para a Europa.
Quinito, um "romântico" do futebol, amante da estética e da arte da bola indígena, estreava-se no banco vitoriano. Não contando já com jogadores como Paulo Bento ou Dimas que tinham saído para o Benfica, perdendo com isso estabilidade defensiva, o técnico implementou uma filosofia mais atacante com espaço para os artistas, conseguindo que e a equipa jogasse excelente futebol e ao mesmo tempo ganhasse. Talento não faltava no D. Afonso Henriques: Pedro Martins, Pedro Barbosa, Zahovic ou Gilmar encaixavam perfeitamente no estilo de jogo de Quinito, que fazia as delícias dos adeptos vimaranenses e do futebol em geral.
No final o 4º lugar, um prémio merecido, e o começo de uma série de quatro épocas consecutivas de qualificações europeias obtidas pelo Vitória.


Equipa Tipo

Nuno Espírito Santo
José Carlos
Matias
Tanta
Quim Berto
Pedro Martins
N'Dinga
Zahovic
Pedro Barbosa
Dane
Gilmar

Treinador - Quinito 


Resumo:

4º lugar - I Divisão 1994-1995

Vitórias - 16
Empates - 10
Derrotas - 8
Golos Marcados - 54
Golos Sofridos - 43



segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

U. Leiria 1998-1999


Esta foi uma das equipas sensação do Campeonato da I Divisão de 1998-1999, a par do V. Setúbal, o 5º classificado. Comandada por Mário Reis, um dos treinadores mais astutos naquela época (tendo sido algo injustiçado nos últimos anos da sua carreira), a U. Leiria então recém promovida ao Nacional da I Divisão, era uma equipa muito bem organizada tacticamente, que apresentava grande coesão defensiva, sendo exímia no contra-ataque.
Na baliza estava o croata Miroslav Zidniak, um guarda-redes de grande eficácia, apoiado por uma defesa de betão com Ricardo Silva e Sérgio Nunes a centrais (ambos sairiam no final da época para FC Porto e Benfica respectivamente), a qual sofreu apenas 29 golos em 34 jogos, a 2ª melhor defesa do campeonato apenas superada pelo campeão FC Porto. Com um meio-campo operário e guerreiro, constituído por jogadores como Luís Vouzela ou Leão, as despesas no ataque ficavam entregues a um trio de ataque temível: Bakero, Duah e Augustine (este sairia a meio da época para o Veneza).
A U. Leiria acabaria por falhar o acesso à Taça UEFA por apenas um ponto, depois de várias jornadas em posições europeias.


Equipa-Tipo

Miroslav
Bilro
Ricardo Silva
Sérgio Nunes
João Armando
Luis Vouzela
Leão
Dinda
Bakero
Augustine
Duah

Treinador - Mário Reis


Resumo:

6º lugar - I Divisão 1998-1999

Vitórias - 14
Empates - 10
Derrotas - 10
Golos Marcados - 36
Golos Sofridos - 29 (2ª melhor defesa do campeonato)